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Empregos de fim de ano: sete dicas para aproveitar a época e conquistar uma vaga

Não é só para vagas efetivas que departamentos de RH costumam analisar as redes sociais das pessoas

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 A maior sazonalidade empregatícia, no Brasil e no mundo, é o período entre setembro e dezembro. É a famosa época das contratações de fim de ano, que visam atender aos turnos dobrados e triplicados de indústrias, serviços e comércios que funcionam para atender às festas de fim de ano, e aproveitar os gastos com 13º salário.

É uma época de movimentação intensa na economia, o que gera oportunidades. Apesar de nos últimos anos esse ter sido um período bem mais fraco do que o habitual, em 2017 já se espera 374,8 mil contratações em regime temporário. O número é 5,5% maior do que o do mesmo período de 2016. Esse número havia caído muito em 2015 e 2016 devido à recessão que o país enfrenta, porém parece que as coisas tendem a melhorar. O estudo que aponta esses dados é o da Associação Brasileira de Trabalho Temporário, a Asserttem, que reúne 200 agências de emprego.

Há três anos, antes da crise, esses números chegavam a 490 mil vagas. O número ainda está distante de uma época de maior saúde financeira do país, mas está crescendo. A própria melhora da economia, e as mudanças da legislação de trabalhos temporários, que passou a valer em março desse ano, criaram um terreno de confiança para contratações.

De acordo com a nova legislação, há duas grandes mudanças que incentivam a contratação: o aumento no prazo para a contratação de trabalhador temporário; e a autorização para que, na qualidade de tomador de serviços, empresas de qualquer ramo possam contratar, sem vínculo empregatício, trabalhadores terceirizados, mesmo que seja para o exercício de atividades ligadas à sua atividade-fim.

Com o desemprego em níveis elevados, essa tem se mostrado uma excelente hora para se preparar bem e conseguir agarrar aquele emprego que, embora temporário, muitas vezes conta com chances de contratação fixa. Para isso é preciso estar alinhado com as expectativas do mercado e saber lidar bem com entrevistas, preparação de currículos, etc.

Segue algumas dicas do que fazer nesse cenário para conquistar um espaço para você:

Fique de olho no calendário: em outubro, novembro e dezembro começam as altas de busca para o varejo. Em setembro a alta se liga muito à indústria, porém em 2017 essas contratações começaram no fim de julho. Outubro é a época em quem lojas maiores contratam, e em novembro lojas menores tendem a ampliar seu contingente. Estar atento às datas é muito importante, não só para garantir o emprego por mais tempo, mas também para ter mais chances de mostrar serviço e ser contratado como fixo. São de 15% a 20% de pessoas que consegue efetivação. Assim, agora que restam três meses para 2018, foque no varejo.

Olho no contrato: apesar das mudanças da lei, o trabalhador temporário ainda conta com os mesmos direitos do trabalhador efetivo, como férias, hora extra, descanso semanal remunerado. Não é porque é temporário que é bico. Se preocupe com contrato. Em janeiro as oportunidades temporárias tendem a se tornar efetivas, mas faça questão de ter o que é de direito no período do trabalho temporário.

O currículo é a porta de entrada: seja assertivo, curto, objetivo e direto. Cite suas últimas três experiências profissionais, destaque cursos realizados e que tenham a ver com a vaga, além de deixá-lo personalizado à vaga que busca. A NVH Talentos Humanos vai realizar um trabalho de assessoria para construção de currículo no dia 24 de outubro, próximo à estação República da Linha Amarela do metrô de São Paulo. É uma oportunidade gratuita para pegar umas dicas. Há informações no site.

Agências são as melhores para essa época: focar em agências que se especializam em trabalho temporário é útil nessa época do ano. Vale a pena acessar o site do Ministério do Trabalho e verificar o registro da agência para ter certeza de que ela está de acordo com a lei.

O fator humano: para essas vagas geralmente o que mais se busca são requisitos básicos como segundo grau completo, idade entre 18 e 45 anos, simpatia, comunicação clara, trabalho em equipe, e às vezes ter uma indicação é muito bom. Ou seja, o relacionamento interpessoal conta muito. Vale ficar atento e desenvolver essas habilidades, tanto para entrevistas quanto para se destacar nos empregos. As entrevistas contam com muita gente, e são rígidas, então estar atento a tudo e se dedicar a mostrar que consegue desenvolver bem uma venda, por exemplo, é essencial.

Redes sociais também contam: não é só para vagas efetivas que departamentos de RH costumam analisar as redes sociais das pessoas. Ter um perfil que não agrida as pessoas, às marcas, também é importante. Uma loja não vai contratar quem acabou de difamá-la na internet, ou mesmo fez um comentário preconceituoso ou de ódio.

Atenção: olhos atentos são sempre uteis. Andamos o tempo todo por comércios, dos mais simples de bairro até os mais famosos em shoppings. Essa época é fértil. Ficar atento a anúncios de vagas nas portas ajuda a expandir os horizontes de onde deixar currículos conforme se anda pela cidade.

Fernanda Andrade é gerente de R&S, na NVH Talentos Humanos.

fonte: http://www.administradores.com.br/noticias/carreira/empregos-de-fim-de-ano-sete-dicas-para-aproveitar-a-epoca-e-conquistar-uma-vaga/121755/